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Veterinários e engenheiros da istração Estadual do Meio Ambiente (Adema) visitaram o Oceanário do Projeto Tamar, em Aracaju, para a vistoria de renovação da Autorização de Uso e Manejo. A equipe da Adema avaliou as instalações, considerando a adequação para abrigamento das espécies listadas, as condições de uso do ambulatório e o sistema hídrico do complexo, incluindo origem e destino da água utilizada. A renovação é concedida se constatada a conformidade da operação com o projeto e as normas ambientais vigentes.
A Autorização de Uso e Manejo permite a condução de fauna silvestre de acordo com especificações da Instrução Normativa (IN) nº 7 do Ibama, de 2015. A IN institui e categoriza o uso e manejo de animais silvestres, como é o caso do Oceanário, especificando quais os procedimentos necessários à permanência das espécies no local. Ela é obrigatória para negócios e organizações que visam trabalhar com espécies de animais silvestres nativas ou exóticas. Dessa forma, ela é necessária para o funcionamento e sobrevida das instalações do Projeto Tamar.
Segundo o veterinário da Adema, Daniel Allievi, a ação é um avanço para a proteção da vida marinha e fortalecimento do turismo em Sergipe. “Essa renovação é um incentivo à pesquisa, proteção dessas espécies, principalmente as tartarugas marinhas, além de impulsionar o turismo local”, afirma.
A licença é fornecida periodicamente, levando em consideração aspectos das instalações físicas do local, como o sistema de tratamento e captação de água. A engenheira sanitarista e ambiental da Adema, Ketlin Karam, detalha sobre o que foi vistoriado, além de ressaltar como isso impacta na fauna local. “Acompanhamos a condição do gerenciamento de resíduos do Projeto Tamar e as instalações hidrossanitárias de água. Questões importantes para a regularização ambiental de um projeto tão relevante para nosso estado e para a preservação das espécies e fauna marinha”, conclui.
Projeto Tamar
O Projeto Tamar em Sergipe é referência nacional na conservação das tartarugas marinhas, com destaque para a proteção da tartaruga-oliva, espécie que encontra no estado a principal área de desova no Brasil. Ativo no país desde o início dos anos 1980, o Tamar atua em Sergipe com bases em Pirambu, Abaís, Aracaju e Ponta dos Mangues, monitorando praias e protegendo ninhos e filhotes de tartaruga marinhas.
Em Aracaju, o Oceanário da Orla de Atalaia funciona como centro de visitantes, promovendo educação ambiental por meio de aquários com espécies locais e atividades educativas. Além da conservação, o projeto valoriza a cultura das comunidades litorâneas, articulando ações com o governo estadual e instituições ambientais para garantir a reprodução segura das tartarugas.
Fonte: Governo de Sergipe