2zv1w
Esta semana alguns os colunistas políticos publicaram que o presidente da OAB/SE, Henri Clay Santos Andrade, teria deixado a Ordem para candidatar-se ao Senado Federal, convite este feito por diversos grupos políticos. Honestamente estranhei porque não vi em lugar nenhum, principalmente no site a OAB que este teria entregue o cargo e/ou se desincompatibilizado como se dá a nomenclatura mais correta. Logo senti que havia algo errado pois reza LC 64/90, art. 1º, II, g, que o presidente da Ordem para ser candidato ao senado o prazo de afastamento seria de 4 meses e, com certeza HC não deixaria antes do tempo.
|
||
Legenda |
Lembro perfeitamente que HC também ensaiou uma candidatura a prefeito de Aracaju que não o levou a canto nenhum. Apenas blá, blá, blá … para ficar na mídia e ter seu nome badalado no mundo político. Lá em Socorro, minha terra natal, chamam isso de “foguete vazado” e a desculpa sempre é a mesma de anos e anos: “… Minha família se reuniu e me pediu que não fosse candidato…” e assim vai completando o ciclo do biênio eleitoral e participando como um grande estadista gratuitamente nas colunas políticas de Sergipe. Esta mecanismo já foi utilizado por diversos outros personagens.
Mas no fundo de minha alma acredito que a saída de Henri para disputar o Senado Federal seria importante para Inácio Krauss, pois este poderia mostrar que é mais habilidoso do Clay na política institucional. Até os maiores oposicionistas teriam mais cautela e pensariam duas ou três vezes antes de negar um voto a IK que com o seu jeito amável conquista os seus pares. Seria importante também para IK que quando acabasse as eleições em 7 de outubro, Henri pedisse uma licença para cuidar da saúde ou descansar, neste segundo caso estaria eleito senador, pois hoje HC só atrapalha a eleição de Krauss e ficando fora do pleito que é em novembro estaria dando a oportunidade ao seu vice-presidente se eleger. O problema é que HC é um grande centralizador. Aurélio Belém que o diga!
É preciso que a oposição preste atenção nestas manobras com muita cautela. HC só dá uma o ao paço do Senado se não for muito bem calculado. Erros não comete. Talvez sua saída seja estratégica e não eleitoral, até porque como Morfeu, o deus do sonho, ainda fantasia ser de ser presidente da OAB Federal. E salve, salve o general!