Devagar governador 3h12h

   É impossível não perceber que nem o governador João Alves Filho (PFL) e muito menos o ex-prefeito Marcelo Deda (PT) não possuem a paciência suficiente para aguardar a autorização do calendário eleitoral. Ambos estão em plena campanha eleitoral, não na campanha propriamente dita, aquela que inicia com a festa da convenção e em seguida é desenvolvida com a distribuição de santinhos, a  propagação de outdoors e a realização de showmícios diários, mas eles já começaram a executar a parcela mais importante e mais perigosa das campanhas, quando às vésperas de um processo eleitoral, ocorrem as negociações com as principais lideranças, as acusações de parte a parte, o denuncismo desenfreado, as agressões descontroladas e por fim o acirramento do clima entre membros apoiadores de uma ou outra candidatura. Esse é, portanto, o momento mais perigoso porque a partir daí fica praticamente impossível controlar as ações de todos os simpatizantes.

 

  João Alves é um político com densidade eleitoral suficiente para disputar qualquer mandato eletivo em Sergipe com chances reais de vitória. Porém enfrenta atualmente o difícil drama de no exercício do seu terceiro mandato à frente do Poder Executivo Estadual, quando todos atribuem ao ocupante de tal cargo pela terceira vez uma experiência considerável, perceber que as pesquisas apresentadas lhe são extremamente desfavoráveis. Essa seria uma situação normal e aceitável em qualquer pleito e em qualquer  lugar do mundo, mas ela carrega consigo a diferença de que o candidato João Alves Filho possui nesse momento o controle da máquina estatal que pela atual legislação conquistou o direito de disputar um novo pleito sem a necessidade de afastamento do comando dessa máquina pública que contrata, que emprega, que patrocina de forma substancial os principais veículos de comunicação, que tem o poder de perseguir destrutivamente os seus opositores e que torna-se quase impossível não acabar influenciando bastante no resultado final do pleito.

 

    Por outro lado o ex-prefeito Marcelo Deda é um jovem, simpático que penetra muitíssimo bem no eleitorado jovem e que por conta da sua condição de aliado do presidente da república conseguiu fazer em Aracaju uma istração razoável, com obras onde a marca registrada era a lentidão na execução, com um tratamento não muito recomendado para com os aliados, mas concluiu o seu período istrativo de bem com a população e disposto a ir em busca de um mandato de governador que hoje pertence ao engenheiro João Alves Filho cuja disposição em não entregá-lo é tão grande que a forma ostensiva como o governador tem buscado enfrentar o candidato petista começa a caracterizar-se como desesperada. Seria bom que o governador fosse aconselhado por alguém da sua confiança que coloque o pé um pouquinho no freio, até porque o período de conversações e articulações está apenas começando e nos próximos 30 dias muitos lances surpreendentes ainda poderão ocorrer na política sergipana. (Foto: César de Oliveira).

 

Denúncia I

Em entrevista concedida ao programa “Fala Sergipe” apresentado pelo radialista e vereador Fábio Henrique (PDT) o ex-vereador de Aracaju por quatro mandatos Jidenal Santos, na necessidade de esclarecer uma colocação feita pelo senador Valadares – que afirmou ter tomado conhecimento de que o ex-vereador havia recebido uma oferta de cargos no governo do Estado cujo valor atribuído aos cargos totalizavam algo em torno de R$ 6.000,00 – esclareceu que o governador não lhe fez diretamente a oferta, apenas lhe fez a seguinte pergunta: “O que é que o senhor está precisando"> O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.

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