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O objetivo desse movimento é influenciar as autoridades para uma maior atenção às necessidades dessas crianças, com o fim de integrá-las cada vez mais à sociedade. Várias cidades do mundo já oficializaram o dia 7 de maio como dia de reflexões e de ações visando à inclusão com qualidade e respeito a essas crianças e adolescentes. Em Sergipe, graças ao ativismo da Rede de Pessoas Soropositivas, as Cidadãs Posithivas e a Gerência de DST/AIDS da Secretaria de Estado da Saúde, a data está sendo lembrada, através da mídia local e da realização de uma tarde de lazer com as crianças soropositivas e expostas, em um parque de diversões de Aracaju, com o apoio de estudantes de um colégio da rede privada.
Há muitas crianças afetadas pelo HIV/AIDS no mundo. Em alguns casos, elas é que são soropositivas; em outros, são consideradas expostas ao HIV (crianças nascidas de mães que apresentam o HIV) ou têm um parente próximo vivendo com o vírus. As crianças podem contrair o HIV pela transmissão da mãe para filho (transmissão vertical), recepção de sangue infectado ou por abuso sexual. A principal forma de transmissão é a vertical que pode ocorrer durante a gestação, durante o parto ou após o nascimento, por leite materno. A grande notícia é a melhoria na detecção dos casos de gestantes soropositivas, e, consequentemente, a diminuição da transmissão vertical do HIV, contribuindo para a redução de novos casos de HIV/AIDS em crianças. Quando todas as medidas preventivas são adotadas, a chance de transmissão vertical cai para menos de 1%. Às gestantes, o Ministério da Saúde recomenda o uso de medicamentos antirretrovirais durante o período de gravidez e no trabalho de parto, além de realização de cesárea para as mulheres que têm carga viral elevada ou desconhecida. Para o recém-nascido, a determinação é de substituição do aleitamento materno por fórmula infantil (leite em pó) e uso de antirretrovirais. Os avanços na terapia antirretroviral permitiram uma melhora significativa na sobrevida e qualidade de vida das crianças e adolescentes com infecção pelo HIV.
Por outro lado, em algumas regiões do Brasil, as crianças soropositivas ou expostas ainda têm dificuldade de o aos pediatras. As crianças que procedem de famílias afetadas pelo HIV enfrentam diversos problemas. O principal é viver em situação de pobreza. Existem também aquelas crianças soropositivas ou não que ficam órfãs em consequência da AIDS.
É importante que, nesta data, políticos, gestores, sociedade e profissionais de saúde reflitam sobre as necessidades das crianças soropositivas e expostas e ajudem para que elas tenham uma melhor qualidade de vida.