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Ao comemorar 474 anos de história, há de se dizer que a linha histórica da cidade se confunde com a própria história do Brasil. Suas igrejas, templos, casarões, largos e complexos arquitetônicos documentam parte de um Brasil que ainda precisamos muito conhecer. E são esses espaços de história e arte na Barra que estão disponíveis para que possamos entrar nessa história.
O bairro antigo do Pelourinho é um desses espaços de história e arte, que se configura como um museu a céu aberto; as interativas Casa do Carnaval e Casa da Música trazem costumes, personagens e festas baianas; o Museu do Azulejo Udo Knoff revista as fachadas das casas e seus azulejos; o importante Museu Afro-brasileiro da UFBA; o Solar Ferrão com seu acervo de esculturas e arte africana; o Museu Casa de Jorge Amado, no Rio Vermelho e o Solar Amado Bahia, na Ribeira, entre outros.
Trago aqui um minúsculo espaço de tempo dessa linha histórica em espaços de história e arte localizados da Barra, zona sul de Salvador, para mostrar que são pouco conhecidos, mas resguardam não só no acervo, mas edificações que devem ser visitadas: o Forte São Digo, com o Espaço Caribé; o Forte Santa Maria com o Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana e o Forte do Farol de Santo Antônio da Barra, com o Museu Náutico da Bahia. Vamos lá?
Forte São Diogo com o Espaço Carybé de Artes 6n2r5z
Todos que visitam Salvador vão até a praia do Porto da Barra, mas bem ali, discreto, no sopé da encosta denominada de Colina de Santo Antônio, fica um marco da história militar dos brasileiros: o Forte São Diego. A edificação inicialmente erguida para proteger o conglomerado populacional junto com o Forte Santa Maria foi construída entre os anos de 1627 e 1635, após a primeira invasão holandesa na Bahia.
Com o ar do tempo a edificação deixou de ter utilidade e, mais precisamente em 2016, canhões e armes foram substituídos pela arte de Caribé. A parte interna do Forte ou a ser o Espaço Caribé de Artes e vale a pena uma visita.
Com recursos de mídia digital e realidade virtual, o visitante a por obras, ouve depoimentos do artista, pode brincar com pinceis e tintas, além de ter uma bela vista do Porto da Barra, com a “Janela Aberta para a Baía”, onde a-se textos do artista com fotos e quadros em uma janela real com vista para a Baía de Todos os Santos.
Conta-se que são de 1938 os primeiros quadros de Carybé inspirados na Bahia e que o fez imprimir sua marca na cidade e pintar vários murais públicos em Salvador. Alguns dos quadros estão expostos no Espaço e aqueles que não estão, podem ser conferidos de forma iterativa. No final da tarde, há projeções de Caribé em toda a parte externa do forte, onde funciona o Bar Bistrô Mirante do Forte São Diogo, que criam um realismo sem igual entre o visitante e sua obra. Até porque, o pôr do sol da Barra ajuda na composição.
O espaço funciona de quarta a segunda, das 8h às 18h e entrada final até às 17h. as quartas-feiras a entrada é grátis. Os ingressos custam R$ 20, inteira/R$ 10,00 meia e dão direito à visitação de ambos os espaços (Carybé de Artes e Pierre Verger da Fotografia Baiana, no Forte Santa Maria). O Bar Bistrô Mirante Forte São Diogo funciona das 15 às 22 horas, todos os dias da semana.
Forte Santa Maria com Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana 2rm
Junto com o Forte São Diogo, foi construído entre os anos de 1627 e 1635 para a segurança da cidade. A edificação militar parece em sua estrutura com o forte vizinho, mas possui uma arela sobre as águas da Baía, que lhe confere um diferencial e um bom eio. Como outros espaços históricos, perdeu sua função inicial, mas ganhou como espaço de visitação e documentação da história.
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No caso, o Forte Santa Maria ou a abrigar um rico acervo dedicado à fotografia baiana, destacando o trabalho de Pierre Verger e de mais 100 fotógrafos que tenham nascido ou fixado residência, ainda que temporária, na Bahia. O acervo interage com o virtual e traz para o público uma viagem imersiva na gente, nos lugares e costumes baianos, com a ampliação de conteúdo virtual.
O espaço funciona de quarta a segunda, das 10h às 18h (entrada até as 17h), com casadinha com o Espaço Caribé. Os ingressos custam R$ 20 inteira/R$ 10 meia. A gratuidade acontece nas quartas-feiras.
Forte de Santo Antônio da Barra – Foral da Barra Museu da Marinha Farol da Barra 5s4nq
O Forte de Santo Antônio da Barra, mais precisamente, o Farol da Barra, é um dos cartões-postais mais fotografados e conhecidos em terras baianas. Porém, a grande maioria não sabe que o Farol é aberto à visitação até seu último degrau e de lá de cima se tem uma vista magnifica da Barra e seus arredores. O forte, uma das primeiras edificações militares do Brasil, já é um atrativo que se confunde entre espaço de história e arte.
Não é só isso. O visitante pode tomar um café entre canhões, guaritas históricas e uma bela vista do farol construído em 1698, sendo um dos principais sinais de apoio à navegação das Américas. E mais ainda: em seu interior fica o Museu Náutico da Bahia, único do gênero do país, que reune valioso acervo de achados arqueológicos submarinos, uma coleção de instrumentos de navegação e sinalização náutica, maquetes, miniaturas de embarcações de variada origem e uma mostra permanente relativa à geografia, história, antropologia e cultura da Baía de Todos os Santos, além da vida marítima, militar e istrativa da cidade de Salvador, primeira capital do país e sua mais importante cidade durante mais de três séculos.
O Museu ainda disponibiliza toda a linha história da pujança do Recôncavo Baiano e seu comércio com Salvador através da Baía de Todos os Santos. A geografia, a história, a antropologia e a cultura do Recôncavo têm por tudo isso destacado lugar no acervo do Museu
A visitação acontece diariamente, das 9h às 18h, e custa R$ 15 (inteira)
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Acarajé na Barra é o que não falta, mas o bolinho de feijão fradinho tradicional de Salvador pode ser bem apreciado no Acarajé da Sônia do Farol. Vale a pena pela tradição, crocância e sabor com ou sem camarão. O bolinho tem uma leveza acompanhado de caruru, vatapá e vinagrete.