Um problema de Saúde que está no esquecimento

Os Casos de HIV/AIDS na Terceira Idade

No Dia Mundial da Saúde, 7 de abril, procurei um tema ligado a HIV/AIDS que estava no esquecimento: pouco se fala hoje sobre o HIV/Aids na terceira idade.

Fui observar no último boletim do ano de 2024 do Ministério da Saúde, uma série histórica dos casos de HIV/Aids no Brasil, na faixa etária de 60 anos e mais. Vejam o que encontrei: do ano de 2.007 até 2024, um dos sistemas de informação, apresentou 11.590 homens idosos vivendo com HIV e 7.464 mulheres idosas vivendo com HIV. Outro dado brasileiro foi que, no período de 1980 até o ano de 2024, houve o registro 31.050 homens idosos vivendo com AIDS e 18.446 mulheres idosas vivendo com AIDS.

Solicitei ao setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe, um levantamento sobre os casos de HIV e de Aids na terceira idade nos últimos 11 anos. Vejam os dados levantados: 101 Homens idosos vivendo com AIDS no período de 2014 até 2025 (resultado parcial) e 62 mulheres idosas também vivendo AIDS no mesmo período, totalizando 163 idosos vivendo com AIDS. Já com relação aos casos de HIV, os dados são os seguintes: no mesmo período de 2014, são 112 homens idosos vivendo com HIV, 76 mulheres idosas também vivendo com HIV Sergipe.

Os dados apresentados podem gerar importantes discussões entre profissionais de saúde: uma delas é por qual motivo é maior número de homens idosos do que mulheres, já que é a mulher é quem mais procura os Serviços de Saúde?

Lembrando que os termos HIV e Aids são diferentes: Ter HIV significa ter a infecção pelo HIV mas não apresentar Sinais e Sintomas; Ter Aids é ter a infecção pelo HIV porém com os sinais e sintomas das Doenças Oportunistas – Usa também a palavra Aids avançada. Hoje o Brasil está lançando o Programa de Eliminação da AIDS que visa realizar estratégias para que seja estimulado o diagnóstico precoce e que quem foi diagnosticado com HIV inicie o tratamento o mais rápido possível, tenha boa adesão para se tornar indetectável, o que favorece à pessoa tanto individual com coletivamente.

Como o HIV/AIDS chega na Terceira Idade?

Contraiu o HIV na relação sexual na Terceira Idade; Contraiu o HIV antes da Terceira idade e, com o tratamento eficaz, atingiu a Terceira Idade; Descobriu que tinha o HIV de forma tardia, na terceira idade.

Por que está aumentando o número de idosos vivendo com HIV/AIDS ?

Envelhecimento da população em geral, com aumento da expectativa de Vida com melhoria da qualidade de vida e tendo vida sexual mais ativa; Envelhecimento da população idosa que já vive com HIV/Aids; Mudança do Comportamento Sexual do Idoso: muitos estão vivendo sozinhos e procuram relacionamentos temporários ou uma nova companhia, e não usam preservativo nas relações sexuais; Aumento do uso de medicamentos para disfunção erétil; Aumento do uso de medicamentos para reposição hormonal; Deficiência de ações de prevenção com foco nas pessoas idosas; Preconceito com relação ao uso do preservativo; Preconceito com relação aos testes para diagnóstico do HIV nos idoso.

Atividades Importantes que vão ajudar os idosos

Usar os espaços de socialidade das pessoas da terceira idade para ações educativas, nos bares da terceira idade, por exemplo, eios e outros eventos; Discutir as questões de sexualidade com grupos da terceira idade; Divulgar a importância do uso do preservativo masculino, feminino e gel lubrificante; Nas UBS e nas consultas médicas, estimular a testagem para o HIV, Sífilis e Hepatites Virais; Na UBS há a necessidade de disponibilizar os preservativos masculinos, femininos e gel lubrificantes, com entrega natural e sem preconceitos principalmente com relação a quantidade dos insumos de prevenção.

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Aracaju que tanto adoro

Nunca quis trabalhar em outro lugar

Quando me formei em medicina, pela UFS, e ingressei no serviço público, fiz uma escolha bem diferente do que normalmente um profissional de saúde faz: quero trabalhar em um bairro cuja população vive em situação de pobreza. Na época era o Bairro Santos Dumont. Por que esta escolha? Achava que ia poder ajudar mais a população. Meu consultório na UBS Dr. José Machado de Souza era lotado. Comecei a me envolver com a comunidade. Na época não existia o PSF – Programa de Saúde da Família, mas eu já realizava visitas domiciliares. Eu tinha um paciente que sempre fazia tratamento contra as parasitoses intestinais e ele sempre estava de volta com infestação de parasitas. Eu perguntei se podia ir até a casa dele. Cheguei lá vi a fonte de água próxima a fossa. Fui até a companhia de saneamento, para que ajudassem a instalar água encanada. Alguns colegas diziam “Dr. Almir, o Sr. vai fazer isso com a população toda do Bairro? Não, apenas vou tentar ajudar a quem me procura”.

Encontrei o primeiro desafio no território onde trabalhava: epidemia de poliomielite. Como gostava de saúde pública, fui convidado a coordenar umas das primeiras campanhas de imunização contra poliomielite e criei uma forma diferente de campanha de prevenção que foi adotada por todo estado de Sergipe e hoje todo mundo faz: campanha fora das UBS. Tradicionalmente, nas campanhas de imunização, os profissionais ficavam nas UBS esperando que os pais trouxessem os filhos para a vacinação. Eu comecei a tirar as equipes da unidade de saúde e ir a campo, para as favelas e vilas. Alguns profissionais reclamavam porque iam “sujar os sapatos”. Foi assim que Sergipe lançou ações extra muros contra a Poliomielite. Hoje eu vejo ações em shopping e locais de visitação pública. Fico contente por ter ajudar a mudar as campanhas.

Nessa procura por locais estratégicos para levar a vacinação contra a poliomielite, encontrei várias casas de prostituição. Iniciei um novo desafio: fazer ações de prevenção junto às profissionais do sexo. Foi assim que começou meu trabalho com relação às IST – Infecções Sexualmente Transmissíveis, principalmente com o surgimento do primeiro caso de infecção pelo HIV/Aids. Ai a história é longa e que depois contarei.

Criei campanhas educativas temáticas e regionalizadas em outros estados. No carnaval criei os “Blocos da Prevenção” lançados num congresso no Rio de Janeiro, e que se tornou uma estratégia de prevenção em várias capitais do nosso Brasil.

Com as ações diferentes que criava em Sergipe, fui ficando conhecido nacionalmente e aproveitava para divulgar para o Brasil a nossa Cidade de Aracaju e as ações consideradas “inovadoras” pelo Ministério da Saúde. Comecei a receber convites para trabalhar em outros estados, mas sempre aceitei como consultoria temporária pois minha adoração sempre foi morar em Aracaju.

Divulgando Aracaju com notícias positivas

Fico feliz quando vejo notícias boas sobre minha terra. Através do meu trabalho, eu procurei divulgar a cidade onde nasci, através de matérias na mídia nacional. A primeira matéria foi sobre minha vida média através de um programa que a TV Globo exibia denominado “Gente Que Faz”. Existia uma pesquisa em cada estado e em Sergipe eu fui uma das pessoas escolhidas. No Jornal Nacional, da Rede Globo, foi divulgada a criação do primeiro e único carro em forma de preservativo, “O Camisildo”. Essa criação levou ganhar alguns prêmios nacionais e internacionais. Um programa nacional denominado “Isto é Brasil” divulgou o primeiro Ônibus Educativo sobre HIV denominado “Ônibus Vermelho da Aids”, que foi destaque nacional. A TV Bandeirantes também divulgou o ônibus educativo e até a CNN Internacional. A maior matéria nacional e que trouxe mudanças de práticas educativas no Brasil, criada em Aracaju foi o Programa Fantástico, com a amiga Glória Maria, que ou uma semana em Aracaju, acompanhando o meu trabalho nos terreiros. Criei aqui em Aracaju, novas estratégias de trabalhar a prevenção ao HIV e outras IST nos terreiros de matriz africana. Essa matéria serviu de alerta para todo o Brasil, e a partir dela, os estados começaram a realizar ações educativas nos espaços de culto de religiões afro-brasileiras, como o candomblé, a umbanda.

Adoro Aracaju e, enquanto Deus me der saúde, quero lutar por minha querida terra onde nasci e poder ajudar a população. Parabéns querida Aracaju!

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A alegria precisa combinar com prevenção
O carnaval chegou e com ele a expectativa de grandes momentos. Daí, quando se fala em carnaval, logo vem à cabeça festa, alegria e até novos relacionamentos amorosos ageiros ou não. Para alguns, é oportunidade para extravasar e mudar de comportamento. Para as pessoas que se encaixam nesse comportamento, alguns lembretes são importantes antes de começar a festa.

Cuidados com a Saúde Sexual
Para alguns, é a época em que as pessoas procuram se comportar de um jeito diferente. É fundamental se preocupar com a prevenção às IST – Infecções Sexualmente Transmissíveis e com a prevenção à Gravidez não planejada. Só existe um insumo de dupla proteção: o preservativo externo (pênis) e interno (vagina). Um importante fator de risco que dificulta a prevenção é o uso abusivo do álcool e até outras drogas. As pessoas perdem a percepção de risco e am a ter relações sexuais sem preservativo.

Embora o uso do preservativo continue sendo a principal estratégia na prevenção de IST, a PrEP (profilaxia pré-exposição ao HIV) e da PEP (profilaxia pós-exposição) também são medidas complementares ao uso do preservativo, através do uso de medicamentos antirretrovirais. Como nosso assunto é o risco pontual no carnaval, é importante informar que, caso haja alguma falha na colocação do preservativo ou até o não uso na relação sexual, por qualquer outro motivo, o usuário pode procurar, até 72 horas após a situação de risco, um serviço que disponibiliza a PEP – Profilaxia Pós-exposição ao HIV. Em Aracaju, a PEP está disponível, durante as 24 horas, no Hospital Nestor Piva (Zona Norte) e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Fernando Franco (Zona Sul).  No interior, o atendimento ocorre nos hospitais regionais e algumas Unidades de Pronto Atendimento. Nestes serviços, a pessoa relata qual foi a situação de risco (relação sexual sem preservativo, preservativo rompeu, violência sexual ou acidente com material pérfuro-cortante com presença de sangue visível). Será submetida ao teste rápido de HIV. Caso o profissional de saúde confirme a indicação a PEP, a pessoa iniciará o uso do medicamento por 28 dias e, ao completar 30 dias, repetirá o teste rápido para o HIV .

Outros cuidados são importantes
Nos blocos de carnaval, é muito comum, o beijo em série, onde há o contato íntimo com múltiplas pessoas. Essa prática pode levar a uma infecção  viral, causada pelo vírus Epstein-Barr, presente na saliva, provocando a mononucleose infecciosa, conhecida popularmente como a “doença do beijo”, cujos sintomas , como dor de garganta, fadiga, mal-estar, febre e inchaço dos gânglios (linfonodos). As pessoas com sinais e sintomas devem se dirigir à unidade de saúde mais próxima para serem medicados para alívio dos sintomas e procurar ter bastante repouso. É uma infecção mais frequente nessa época carnavalesca, entre jovens e adultos com idade média entre 15 a 25 anos.

Combinações Perigosas
No carnaval, é comum associar o uso das bebidas alcoólicas e outras substâncias. O uso de energéticos e álcool pode ser fatal para o coração. O álcool relaxa o nível de consciência e faz com que a pessoa queira consumir a bebida cada vez mais. As bebidas energéticas contêm várias substâncias. As mais importantes são a cafeína e a taurina. Estudos relatam que o combo de taurina e cafeína causa aumento do trabalho cardíaco.

A interação entre o consumo de álcool e a pílula anticoncepcional é uma preocupação frequente. Estudos indicam que o álcool pode afetar a metabolização dos hormônios presentes na pílula. Isso significa que o fígado, que processa tanto os hormônios contraceptivos quanto o álcool, pode priorizar a quebra do álcool, reduzindo a eficácia da pílula.

É importante destacar que o impacto do álcool na pílula anticoncepcional pode variar de pessoa para pessoa e depender de fatores individuais, como a quantidade de álcool consumida e a frequência do consumo. Outras combinações perigosas comuns no carnaval é na ressaca, usar o paracetamol que  pode resultar em consequências sérias para a saúde, incluindo danos ao fígado e outros efeitos adversos.

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Cerca de 60% dos brasileiros acima de 18 anos afirma não usar preservativo nenhuma vez em relações sexuais

Criado em 2008, o Dia Internacional do Preservativo é comemorado anualmente no dia 13 de fevereiro, véspera do Dia dos Namorados nos Estados Unidos. A data é uma iniciativa americana mas que se espalhou por todo mundo, visando destacar a importância do uso do preservativo nas relações sexuais.

Embora, na atualidade, são disponibilizadas outras formas de prevenção, como a PEP – Profilaxia Pós-Exposição ao HIV e a PrEP – Profilaxia Pré-exposição ao HIV, o uso correto e consistente do preservativo externo (no pênis) ou interno (na vagina) é o único método contraceptivo de dupla proteção, uma vez que evita ao mesmo tempo uma gravidez não planejada e também as IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis) e até certos tipos de cânceres relacionados ao HPV.

Diversas pesquisas nacionais e internacionais mostram que existe a queda do uso do preservativo. Uma delas mostrou que cerca de 60% dos brasileiros acima de 18 anos afirma não usar preservativo nenhuma vez em relações sexuais. Além de ser uma questão de escolha pessoal, existem pessoas que criam vários argumentos para o não uso o preservativo: “Fiz vasectomia”; “Só faço sexo com pessoas que conheço”; “Com camisinha eu não sinto nada” ; “A camisinha é muito apertada ou pequena”; “Só faço sexo com você”; “Quando namoro confio e não uso camisinha”. Esses são os argumentos mais usados para não usar o preservativo. Por outro lado, mulheres relatam que enfrentam dificuldades na negociação do sexo protegido com seus parceiros, quando é feita a associação do uso do preservativo com a desconfiança de infidelidade entre o casal.

Estratégias para facilitar o o aos preservativos

Apesar dos preservativos estarem disponíveis nas UBS, muitas pessoas revelam que têm dificuldade de o, no momento em que estão necessitando usar. Também revelam que as quantidades disponibilizadas são relativamente discretas.

Uma estratégia que a Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe vai implantar é a utilização de displays dispensadores de preservativos, que além de serem de fácil o, são também de fácil abastecimento, com capacidade para armazenar um número maior de preservativos. Esses displays serão colocados em locais de grande fluxo de pessoas como em terminais rodoviários, shopping, feiras livres, Universidades, mercados municipais e outros locais estratégicos.

Outra estratégia é cadastrar empresas, instituições, associações de moradores, pousadas, motéis e hotéis, para o recebimento mensal de um quantitativo de preservativos. É importante lembrar que esses preservativos são de distribuição gratuita e a pousada, hotel ou motel não poderá cobrar do cliente, esse insumo de prevenção doado pelos órgãos públicos. As instituições devem procurar o Programa Estadual de IST/Aids e Hepatites Virais, no Centro istrativo da Saúde, para realizar o cadastramento e recebimento dos preservativos.

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Infelizmente a discriminação ainda existe no Brasil

Recentemente, a mídia nacional noticiou que um técnico de enfermagem testou reagente para HIV durante contrato de experiência e foi desligado 60 dias depois, no término do prazo contratual. A 11ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (Rio Grande do Sul) considerou a dispensa discriminatória, uma vez que não houve justificativa legal para o desligamento. A decisão da Turma determinou o pagamento em dobro dos salários referentes ao período de afastamento até o julgamento e a empregadora também foi condenada ao pagamento de R$ 15 mil a título de indenização por danos morais.

Uma outra empresa de recuperação de crédito de Belo Horizonte teve que reintegrar ao emprego e pagar R$ 10 mil de indenização por danos morais a um empregado que foi dispensado de forma discriminatória após ser diagnosticado com HIV. O trabalhador tinha informado à supervisora, via aplicativo WhatsApp, seu afastamento das atividades por motivo de saúde, amparado em atestado médico. Relatou, na ocasião, ter descoberto, em exame recente, que apresentava o vírus HIV, estando em tratamento de saúde em função da doença e de outros agravos de ordem psiquiátrica dela decorrentes, como ansiedade, depressão e síndrome do pânico. A dispensa ocorreu poucos dias após a comunicação pelo trabalhador de sua condição soropositiva.

Uma Companhia aérea teve que reintegrar a comissária que confirmou ter HIV durante aviso-prévio. A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho (SP) condenou a reintegrar e indenizar uma comissária de voo de São Paulo, que informou viver com o vírus HIV. Ela já tinha se afastado anteriormente para tratamento médico e, segundo as instâncias anteriores, a empresa a demitiu sabendo de sua condição. Nessas circunstâncias, a dispensa é considerada discriminatória. Ela disse que estava com sérios problemas de saúde decorrentes do HIV e que a dispensa ocorreu em pleno tratamento médico, quando a empresa tomou conhecimento do fato.

Apesar da epidemia do HIV já está completando 44 anos no mundo, ainda observamos casos de discriminação, principalmente nas empresas. Por outro lado, no Brasil, houve uma queda nas ações de prevenção e solidariedade nos locais de trabalho. Tínhamos envolvimento do Conselho Empresarial formado por grandes empresas com a participação do SESI, com capacitações das CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, onde HIV/Aids é tema obrigatório para discussão junto aos colaboradores.

Aqui em Sergipe, ainda procuramos realizar ações educativas junto às empresas de acordo com a demanda. Antes era mais fácil pois contávamos com parcerias de diversas instituições. Somente com ações educativas no próprio local de trabalho, podemos reduzir ou até eliminar as atitudes discriminatórias nas empresas.

Não é justo que o trabalhador que vive com HIV também sofra no trabalho em razão de sua infecção. Para que a empresa demita um funcionário que vive com o HIV, ela precisará ter um motivo de justa causa e deixar comprovado que a demissão não é por causa da condição de saúde do empregado.

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Jovem no TikTok diz que contraiu HPV em academia

Um vídeo no TikTok, onde uma jovem relata ter contraído HPV ao usar um equipamento de academia, está viralizando. Ela conta que percebeu uma verruga no dedo e, ao consultar uma médica, foi informada de que era causada pelo vírus. A divulgação desse vídeo está causando confusão na mente de muita gente.

Quando se fala em HPV, pensa-se logo em Infecção Sexualmente Transmissível. O HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano), é responsável não apenas por infecção sexualmente transmissível. HPV corresponde a um grupo de vírus capaz de infectar a pele ou as mucosas do corpo, inclusive na região genital. Existem mais de 200 tipos de HPV; e nem todos são transmitidos através da relação sexual sem preservativo. Existem tipos de HPV que podem ser transmitidos no contato pele com pele, provocando as verrugas cutâneas, sem nenhuma ligação com relação sexual.

Mitos em relação ao HPV

Existiam muitos mitos em relação ao aparecimento de verrugas na pele. Um dos mitos mais antigos afirmava que “quem fica contando estrelas, vai nascer verruga na pele”. Um outro mito é da “transmissão do HPV por objetos” e agora surge esse vídeo da jovem divulgando que contraiu verruga no dedo, no contato com equipamentos de academia. A jovem deve ter ficado “assustada” quando a médica informou que aquela verruga do dedo era provocada pelo HPV. Ela então fez um vídeo para alertar seus seguidores, com uma informação equivocada.

É importante esclarecer que: o HPV não é transmitido por objetos ou por superfícies, na academia, no assento do ônibus; o HPV que provoca verrugas na pele é de um tipo diferente do HPV que provoca verrugas genitais; A transmissão desse subtipo do HPV segue a mesma linha da versão genital: é preciso o contato pele com pele ou mucosa com mucosa com a pessoa infectada para acontecer a transmissão.

HPV e Câncer

Os HPV são classificados em tipos de baixo e alto risco para câncer. Entre os de baixo risco, o 6 e o 11 são os mais frequentes e causam sobretudo verrugas no trato genital. Os tipos de HPV com potencial capacidade de causar câncer de colo do útero são chamados de oncogênicos, especialmente o HPV-16 e HPV-18, presentes em cerca de 70% dos cânceres cervicais. O HPV genital é transmitido principalmente pelo contato direto de pele com pele durante o sexo vaginal, oral ou anal, sem o uso do preservativo.

Prevenção

Além do preservativo, a vacina contra o HPV é uma medida importante para prevenção da infecção. A vacina distribuída gratuitamente pelo SUS é indicada para: Meninas e meninos de 9 a 14 anos, com esquema de dose única; Mulheres e homens que vivem com HIV, transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos, com esquema de três doses independentemente da idade, aplicadas aos 0 – 2 – 6 meses (segunda dose dois meses após a primeira e terceira 6 meses após a primeira dose); Vítimas de abuso sexual; Usuários de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) de HIV, com idade de 15 a 45 anos.

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As IST mais comuns nos homens

A importância da saúde masculina vai muito além dos exames de próstata, Um assunto importante para lembrar neste dia é a frequência das IST – Infecções Sexualmente Transmissíveis nos homens, devido ao não uso consistente do preservativo. A Sífilis é uma das IST mais encontradas nos homens. Por ser, na maioria dos casos assintomática, os homens podem ter e não saber, o que leva a infectar a parceira ou parceiro. A infecção da parceira, pode trazer outra complicação: caso esteja grávida e não inicie imediatamente o pré-natal, a gestante pode infectar a criança que ainda não nasceu. Portanto, a infecção por sífilis pode colocar em risco não apenas a saúde do homem, como também pode ser transmitida para o bebê durante a gestação, podendo evoluir para aborto, graves sequelas ao recém-nascido até mesmo óbito.

A infecção pelo HIV tem sido sempre detectada em homens que nunca fizeram exames. É importante, pelo menos uma vez no ano, a realização do teste rápido de HIV e incluindo, também os testes de sífilis e Hepatites Virais. Todas essas infecções são tratáveis. A Gonorreia é outra IST preocupante, principalmente devido a dificuldade do tratamento. Os sintomas incluem secreção purulenta esverdeada ou amarelada encorpada e dor ao urinar. É importante lembrar que a presença de uma IST como sífilis e gonorreia, aumenta o risco de contrair a infecção pelo HIV, numa relação sexual sem preservativo, com alguém que também viva com o HIV e não esteja em tratamento.

Muitos homens, por não terem sintomas das IST, acham que estão saudáveis. Às vezes avaliam a saúde pela parceira ou parceiro que tem. Precisamos incentivar os homens para a procura dos testes rápidos disponíveis no SUS, nas Unidades Básicas de Saúde.

Quando o diagnóstico das infecções é feito tardiamente, existe um grave comprometimento da saúde do homem. O diagnóstico tardio, por exemplo, das Hepatites Virais, pode favorecer às complicações como cirrose hepática e câncer do fígado. O diagnóstico tardio da sífilis pode levar a complicações como lesão cardiovascular e do sistema nervoso. O diagnóstico tardio da infecção pelo HIV pode, não só comprometer a saúde do próprio homem, como também de suas parcerias. Isso também ocorre com as demais IST.

Muitos homens consideram que a doença é sinal de fraqueza pessoal. Muitos outros se acham invulneráveis. Muitos têm dificuldade no o a consultas, seja por falta de plano de saúde, seja por impossibilidade de se ausentar do trabalho para uma avaliação de rotina que muitas vezes consome tempo.

Nós profissionais de saúde, devemos levar a informação e os serviços de saúde aonde os homens estão, principalmente, no local de trabalho. Isso vai ajudar na prevenção e detecção das IST e outros agravos, facilitando o tratamento.

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Precisamos divulgar o Outubro Verde sobre a Sífilis

O mês de Outubro é tradicionalmente conhecido como o mês de combate e prevenção do câncer de mama, por meio do Movimento Outubro Rosa. Um outro movimento, também de grande importância para a saúde pública, foi lançado a partir da criação da Lei Nacional de número 13.430/2017 que instituiu o terceiro sábado de outubro de cada ano ou a ser o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita. Trata-se do OUTUBRO VERDE, de mobilização para enfatizar a importância do diagnóstico e do tratamento adequados da sífilis como infecção sexualmente transmissível e especialmente na gestante e parceiro sexual, durante o pré-natal.

A Campanha do Outubro Verde

A campanha Outubro Verde tem o objetivo de discutir a situação da sífilis que é causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum. O bebê se infecta pela bactéria ainda na vida intrauterina, quando a mãe com sífilis não é diagnosticada ou não é tratada adequadamente. A transmissão ocorre pela agem da bactéria da mãe para o feto, através da placenta.

Onde a sífilis congênita começa

A sífilis chega até a criança através dos pais. As campanhas de testagem realizadas pela Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe mostram que muita gente tem a sífilis e não sabe. Em todos os locais onde são realizados os testes para sífilis, sempre encontramos pessoas com o teste reagente. São essas pessoas que, nas relações sexuais com parceiros ou parceiras sem o uso do preservativo, transmitem a bactéria causadora da sífilis. As mulheres infectadas, devido a falhas no pré-natal, terminam transmitindo a infecção para o feto.

As formas clínicas variadas da Sífilis

A pesar de ser silenciosa (assintomática) na maioria dos casos, a infecção pode se apresentar nas mais variadas formas clínicas como: Sífilis Primária (úlcera que geralmente não dói, não coça e não tem pus), Secundária (caraterizada por manchas no corpo), Terciária (apresenta lesões na pele, nos ossos, cardiovasculares e neurológicas), Sífilis Latente (não aparenta sinais ou sintomas) e a forma Congênita (transmitida à criança durante a gestação). A Sífilis é uma doença grave, mas tem cura. O tratamento é feito com o antibiótico penicilina.

A Prevenção à Sífilis

A prevenção à sífilis adquirida consiste, em primeiro lugar, no uso consistente e correto do preservativo. Fazer os exames de sífilis também é uma forma de prevenção, pois caso dê reagente, o tratamento a ser seguido corretamente, interrompe a cadeia de transmissão para outras pessoas e impede que a bactéria chegue até o bebê. É fundamental tratar os(as) parceiros(as) sexuais das pessoas que apresentaram os exames reagentes.
A prevenção na gestação começa na testagem da gestante e parceria sexual e no tratamento correto dois (parceiro e mulher grávida). Precisamos quebrar o tabu de que “gravidez é só coisa de mulher”. O parceiro sexual da gestante também precisa participar do pré-natal, realizando também os exames preconizados. É também fundamental o uso do preservativo nas relações sexuais durante a gravidez.

O teste rápido é gratuito e está disponível no SUS. O preservativo também. O teste rápido é confiável e o resultado fica pronto em 20-30 minutos. Depois a infecção é confirmada com o exame denominado VDRL. Existem casos onde, com apenas o teste rápido já pode iniciar o tratamento, como em gestantes e em pessoas que tem dificuldade de o aos serviços de saúde. O preservativo continua sendo um importante meio de prevenção à sífilis, também disponível gratuitamente, nas unidades de saúde vinculadas ao SUS.É importante lembrar que os preservativos das UBS são de alta qualidade e também confiáveis.

Outubro Rosa e Verde

O mês de outubro precisa ser marcado pelas cores rosa e verde, e por ações afirmativas relacionadas à prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama e do colo de útero e sífilis adquirida e congênita. O objetivo de ambas as campanhas, é a de compartilhar informações, promovendo a conscientização sobre as doenças, proporcionando maior o aos serviços de prevenção, diagnóstico e tratamento.

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O parceiro sexual da gestante precisa fazer os exames

Aproveitando a semana de comemorações do Dia dos Pais, fazemos um alerta: continuam nascendo crianças com sífilis congênita e até com o HIV. A Sífilis Congênita é consequência da disseminação do Treponema pallidum pela corrente sanguínea, transmitido pela gestante para o seu bebê. A infecção pode ocorrer em qualquer fase da gravidez, e o risco é maior para as mulheres com sífilis primária ou secundária. É importante lembrar que, quando um bebê apresenta infecção pela sífilis, pode morrer antes de nascer ou pós parto ou nascer com vida mas apresentando sequelas diversas e até incluem abortamento, natimortalidade e o nascimento prematuro.

Já com relação ao HIV, as crianças podem nascer com o vírus que foi transmitido pela mãe vivendo com HIV e grávida, durante a gestação, parto ou aleitamento, indicando que houve falha no pré-natal. A criança vivendo com HIV às vezes apresenta manifestações clínicas da infecção e vai sempre ter que tomar medicamentos antirretrovirais para o resto da vida e ainda poderá ter que encarar várias situações de preconceito, tanto na própria família, na creche ou escola e até na sociedade.

Uma das falhas, tanto em relação à sífilis como ao HIV, é a não realização dos exames e tratamento do parceiro sexual da gestante. Para melhorar o pré-natal e evitar que mais crianças nasçam infectadas com a bactéria da sífilis, denominada Treponema pallidum ou com o HIV – Vírus da Imunodeficiência Humana, é importante que o parceiro sexual da gestante participe do pré-natal, realizando os testes rápidos e tratamento disponíveis no Sistema Único de Saúde.

Para que haja essa participação masculina neste momento tão importante da vida da mulher, há a necessidade de: a) as gestantes sejam orientadas para que incentivem os seus respectivos parceiros sexuais para que façam os exames recomendados pelos profissionais de saúde; b) que os próprios profissionais dos serviços de saúde desenvolvam ações educativas durante o atendimento às gestantes e parceiros sexuais, procurando mostrar a influencia exercida pelo homem na saúde do bebê vai nascer; c) que as empresas durante os exames issionais e periódicos, incentivem a realização dos testes rápidos; d) que os agentes comunitários de saúde divulguem também a importância dos homens fazerem os testes rápidos e iniciarem o tratamento o mais rápido possível.

É importante que o parceiro sexual da gestante faça os testes rápidos de sífilis, Hepatites Virais B e C e HIV, pelo menos 2 ou 3 vezes durante o pré-natal e procure usar o preservativo nas relações sexuais durante a gravidez de sua companheira e até quando a mesma estiver amamentando.

Pai herói é aquele que participa ativamente do pré-natal e tem a consciência de que a sua saúde vai influenciar da saúde do bebê que ainda vai nascer.

Nós profissionais de saúde precisamos incentivar o pré-natal do homem. Assim estaremos contribuindo para o nascimento de crianças saudáveis.

Os bebês vão agradecer muito!

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Um alerta de Sergipe ajudou na prevenção de infecções

No momento onde o Programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão, completa 50 anos, fiz uma reflexão: participei de uma importante matéria na década de 80, que serviu de alerta para o Brasil. Através de uma matéria da repórter Gloria Maria, alertei sobre os riscos da transmissão de infecções devido ao uso compartilhado de lâminas nos rituais de iniciação . Tudo começou num telefonema que recebi da própria Gloria Maria, revelando que tinha interesse de registrar, para o Programa Fantástico, o trabalho de prevenção que eu estava realizando nos terreiros de Aracaju. Ela ficou sabendo deste trabalho através de uma entrevista que dei no Jornal “A Folha de São Paulo”. A Glória Maria me disse que viria a Sergipe, porém com uma condição: “Se eu garantisse que ela poderia registrar o ritual de iniciação”. Eu disse para ela que o ritual era secreto, e eu não poderia garantir a filmagem. O que eu poderia garantir era a filmagem do meu trabalho, após a conversa com as lideranças da religião de matriz africana. Glória Maria então informou que não seria possível registrar o nosso trabalho sem a filmagem do momento dos cortes no corpo.

No dia seguinte, Gloria Maria ligou para mim novamente, dizendo que viria assim mesmo a Sergipe, para registrar o meu trabalho e que tentaria falar com as lideranças para a filmagem do ritual. Tudo bem. Glória veio à Aracaju, com uma grande equipe. Fez reuniões comigo e manteve contato com as lideranças de algumas casas. Ela ou uma semana aqui. Inclusive fique surpreso em acompanhar uma das entrevistas sobre a vida dela, onde afirmou que um dos lugares que mais viajou foi em Sergipe. Todos os dias, eu saia com Glória Maria e equipe, para as filmagens.

Embora, na época não tivesse comprovadamente nenhum registro de casos de HIV por transmissão sanguínea através do ritual, o meu trabalho visava a prevenção já que, pelos depoimentos de alguns filhos de santo que eu atendia no ambulatório do antigo Inamps (hoje é o Cemar do Bairro Siqueira Campos), eles usavam uma lâmina para o ritual em várias pessoas.

Fizemos reuniões com as lideranças e o comportamento mudou: aram a usar uma lâmina para cada filho de santo. Fiquei muito feliz com a mudança. Também aproveitei para divulgar o preservativo junto aos frequentadores.

A partir da matéria do Programa Fantástico, vários programas de saúde dos estados aram divulgar a prevenção em terreiros e muitas casas mudaram de atitude, adotando a prática do uso de lâminas individuais e descartáveis no ritual de iniciação.

Vendo ontem a comemoração dos 50 anos do Programa Fantástico, lembrei desse trabalho que fiz e que pode ter contribuído para a promoção à saúde de muitos adeptos das religiões afro. Portanto, Sergipe, ou a fazer parte da História do Fantástico e ajudou a proteger a vida das pessoas. Recebi várias homenagens dos frequentadores. Ganhei vários amigos nesse trabalho. Pena que essa matéria não veio ao ar, nos 50 anos deste tão importante programa. Foi uma matéria que mudou a vida de muita gente.

recebe marcas no braço ou na cabeça, geralmente feitas com espinhas de peixe. Essas cicatrizes simbolizam a porta de entrada do orixá durante a incorporação.

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Ingressar no candomblé

O ritual de iniciação no candomblé, denominado Feitura de Santo, é um ritual secreto, inível a não adeptos e, em alguns casos, somente permitido a indivíduos situados em escalas mais altas da hierarquia religiosa da casa – ou seja, em funções sacerdotais auxiliares à do iniciador;

O ritual de iniciação no candomblé, denominado Feitura de Santo, é um ritual secreto, inível a não adeptos e, em alguns casos, somente permitido a indivíduos situados em escalas mais altas da hierarquia religiosa da casa – ou seja, em funções sacerdotais auxiliares à do iniciador; somente pessoas que possuem cargos na religião participam. É o rito mais importante da vida candomblecista e sobre ele incide o maior grau de segredo ritual.

consulta o jogo de búzios

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Como parte dos rituais de iniciação de noviços no candomblé de Ketu3, são realizadas na pessoa a ser iniciada incisões na pele, cabeça e língua por meio de material cortante. Tais incisões, segundo Lody (2003), são chamadas de Aberés4 pelo povo de santo, mas foram popularizadas com o nome de Curas. As curas são as incisões feitas na pele do noviço por onde esse recebe o axé/conhecimento. Antigamente, se usava a mesma navalha em todos que eram filho da casa do pai ou mãe de santo. Assim, o procedimento para a realização da Iniciação do Yawo, desde que não tomadas medidas de proteção, tornar-se-ia um possível meio de contaminação (RIOS et al., 2013).

Nesse contexto, alguns babalorixás não aceitam interferências no modo como praticam seus rituais, uma vez que no Candomblé acredita-se na transferência de axé por intermédio das fissuras na pele. Alguns pais de santo creem que essa transferência ocorre de modo mais forte se houver o contato direto com o sangue. Sendo assim, mudanças na maneira ou materiais que esse culto é realizado quebrariam com o ciclo, perdendo-se assim o Axé. Diante de tal problema configurou-se a questão para a investigação apresentada neste artigo: Quais os significados sobre práticas de cuidado em saúde dentro dos rituais iniciatórios em alguns terreiros de candomblé de Ketu produzidos por pais/mães de santo?

Apesar de conhecida por muitos, creio ser necessário trazer informações básicas sobre o  Candomblé, uma das religiões afro-brasileiras presentes no Brasil. O Candomblé é uma religião de origem africana, trazida ao Brasil pelos escravos; volta-se para o culto das forças da natureza, representadas por deuses ou orixás. No Candomblé, diversos rituais preparam  o indivíduo para participar da força do seu orixá, fazendo-o ascender ao seu ser.

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